Dentre os vários segmentos em que estão inseridos os transformadores de plástico com potencial de uso entre os materiais distribuídos pela Compostos do Brasil, sem dúvidas, o Segmento Automobilístico é um dos mais importantes.

Diante das demandas mais exigentes da indústria automobilística, que se justificam pela busca dos consumidores por automóveis de desempenho e qualidade superiores, acompanhados por preços mais competitivos, os elastômeros termoplásticos e os plásticos de engenharia têm se destacado progressivamente.

No caso dos elastômeros termoplásticos, o seu apelo principal é a possibilidade de reciclagem ou reutilização do material, coisa que não se pode fazer com o uso da borracha vulcanizada. A facilidade de processamento, a possibilidade de reutilização das sobras e a consequente redução de custo, em relação ao uso da borracha vulcanizada, faz com que cada vez mais os TPEs (LAPRENE) e TPVs (FORPRENE) ganhem espaço como substitutos deste material em novos projetos automobilísticos.

Quanto ao plástico de engenharia, o seu uso em automóveis apresenta vantagens como: diminuição no peso, economia de combustível, design diferenciado, segurança para os passageiros e melhor absorção de energia. Estes fatores contribuem para a produção de veículos com elevada qualidade e custo-benefício atraente, o que resulta em maiores chances de vendas.

 

Elastômeros termoplásticos em veículos

Até a década de 80, a única forma de utilização de elastômeros termoplásticos em veículos era através do uso da borracha vulcanizada. Esses produtos, apesar de boa performance nas aplicações, tinham o inconveniente de não serem reaproveitados. Além disso, a fabricação da borracha vulcanizada envolve várias etapas de processo, muitos ingredientes e consequente incremento no custo de produção.

Com o advento da tecnologia dos elastômeros termoplásticos TPE e TPV, os transformadores de plásticos tiveram a oportunidade de também fornecerem peças de borracha, e isso revolucionou o mercado de elastômero, devido ao aumento dos fornecedores destas peças. Além disso, o fácil processamento (já que o material vem pronto para uso), a possibilidade de reutilização e menor custo fizeram com que os elastômeros termoplásticos tivessem rápido crescimento no uso em automóveis.

 

Exemplo de usos de Elastômeros Termoplásticos no segmento Automotivo

Laprene TPE

Em aplicações que visam “soft touch”, ou seja, toque de borracha em plástico, o Laprene TPE  aparece como excelente solução.  A linha de Laprene TPE, além de dar esse “toque” emborrachado em peças, ainda pode ser sobreinjetada, o que facilita o processamento e reduz o custo da peça.

Exemplos de peças feitas com LAPRENE TPE :  Perfis extrudados , controle de ar-condicionado,  tapetes etc.

 

Forprene TPV

Quando se tratam de aplicações em que as propriedades físicas de uma borracha vulcanizada sejam exigidas, a solução passa a ser o FORPRENE TPV.  Por ser um composto à base de PP + EPDM vulcanizado, o material pode ser processado como um plástico; porém, as propriedades físicas do EPDM vulcanizado fazem com que o FORPRENE TPV passe nas principais especificações automobilísticas, podendo ser utilizado tanto em peças internas como externas.  Sua resistência a temperaturas na ordem de 130 ºC, que se estende a picos de 150 ºC, também propicia a utilização do material em peças sujeitas a essa exigência.

Exemplo de aplicações de Forprene TPV: Perfis extrudados, limpador de para brisa, cobertura de mangueiras, cowl top etc.

 

Vantagens do plástico de engenharia para veículos

Os plásticos de engenharias são amplamente empregados em veículos. Contudo, correspondem a apenas cerca de 10% do peso de um automóvel moderno. O fato de o material ser mais leve em relação aos componentes tradicionais de um carro diminui o consumo de combustível entre 25% e 35%.

Os benefícios de um automóvel menos pesado – cujo chassi e sistema de transmissão podem também ser mais leves, uma vez que darão conta de um peso menor do veículo – também recaem sobre o meio ambiente. Isso porque cada quilograma de um carro corresponde a 20 quilos de dióxido de carbono na atmosfera.

O plástico de engenharia proporciona ainda um design mais flexível, custo de produção mais baixo, maior resistência química quanto à corrosão – o que dispensa a necessidade de pintura – e menor risco de explosão em tanques de combustível. O material pode ser utilizado para a fabricação de componentes para cintos de segurança, airbags e outros acessórios que garantem uma viagem segura a todos os passageiros do veículo.

 

Plástico de engenharia: aplicação na indústria automobilística

O processamento do plástico de engenharia em veículos se dá, especialmente, a partir da injeção. Porém, o sopro e a extrusão são utilizados em alguns processos. Outra solução que começa a ser adotada pela indústria automobilística, já que possibilita uma personalização realista das peças e não demanda muito tempo ou materiais dispendiosos, é a impressão 3D.

Dentre os principais plásticos de engenharia que dispomos em nossa linha, os mais utilizados na indústria automotiva são:

 

Compostos de Poliamidas (PA) 6 e 6.6   –  Família NYLFOR B e  NYLFOR A

Utilizado em coletores de admissão, tampas de comando de válvulas, maçanetas, componentes do espelho retrovisor, tubos de freio, sistema de refrigeração, componentes airbag, entre outros.

 

Poliacetal (POM)  –  Celcon – Amcel –  Hostaform

Utilizado em unidades de envio de combustível, engrenagens do cinto de segurança, clips, componentes das fechaduras, roldanas de vidro, entre outros.

 

Polibutileno tereftalato (PBT)  –  Celanex

Utilizado em limpadores de para-brisa, maçanetas, carcaças de faróis e componentes dos bicos injetores.

 

Poliftalamidas (PPA)  –  Nilamid

Utilizado em carcaças de bomba d’água, termostatos, galeria de injeção, entre outros.

 

Compostos de Polipropileno (PP)  –  Polifor –  Tecnoprene  – Talcoprene

Utilizado em parachoques, painéis, caixas de bateria, entre outros.