A aplicação dos processos de produção mais limpa tem se destacado nos setores produtivos mundial e brasileiro. Mesmo com uma legislação mais rígida sobre os emissores de poluição e a competitividade de mercado associada à responsabilidade ambiental e social, ainda há motivos para preocupação e o desenvolvimento de ações que visam reduzir as agressões ao meio ambiente.

É nesse cenário que, há mais de 30 anos, a UNEP cunhou as abordagens de produção ecoeficientes como modelo de produção mais limpa, ou apenas produção limpa, em uma metodologia downhill (morro a baixo), ou seja, quando há a preocupação com o meio ambiente desde a concepção do projeto e os processos de produção envolvidos até o consumo, assistência técnica e descarte para reutilização, enfim, a ideia da produção mais limpa é reduzir os danos que a industrialização pode causar ao meio ambiente, não só na redução de scraps na indústria, mas também na experiência do consumidor final, através de orientações claras e fáceis de seguir.

Quando falamos em metodologia os processos de produção mais limpa podem soar semelhantes às abordagens de 5s, Scrum ou kanban, mas a verdade é que a questão é mais complexa quando o objetivo da indústria é a implementação, visto que várias atividades são necessárias para isso e algumas delas com regras legislativas bem exigentes, como:

  • A adoção de programas de coleta seletiva.
  • A instalação de um programa completo de logística reversa.
  • O incentivo da política dos 5R´s em seus produtos:
    1. Repensar o consumo e o descarte;
    2. Recusar a aquisição de bens não necessários;
    3. Reduzir o comportamento consumista;
    4. Reutilizar tudo o que puder ser reaproveitado;
    5. Reciclar tudo o que puder ser reciclado.

As metodologias de produção mais limpas se encaixam em praticamente todo tipo de indústria, mas é fato que a indústria plástica é o segmento mais cobrado, afinal, como veremos a seguir, o setor tem um compromisso cada vez mais exigente com a sustentabilidade e isso parte, não só do ecossistema, como também do consumo.

Incluir a produção mais limpa na indústria plástica é necessário!

Um dos setores da indústria plástica que mais se relaciona com essa metodologia de produção é o de embalagens, já que as embalagens representam o maior volume de poluição marinha. Conforme uma pesquisa levantada pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) em 2019, 52,4% dos resíduos poluentes encontrados no ambiente marinho brasileiro são materiais plásticos, enquanto 40,4% desses resíduos é composto por bitucas de cigarros.

Além da necessidade de alertar as pessoas fumantes sobre o fato de o cigarro ser prejudicial para o meio ambiente, fica nítida a importância que o design de produto e embalagens carrega nesse cenário, não apenas em questões sustentáveis, mas também para facilitar o dia a dia do consumidor final, que precisa de formas mais práticas de descarte reciclável.

Um dos caminhos mais práticos para ajudar o consumidor com a reciclagem é o desenvolvimento de embalagens com materiais mais flexíveis, que possam ser dobrados ou amassados após o consumo, junto a isso fica também a importância do posicionamento de marca com relação ao descarte sustentável da embalagem e do produto.

Não é apenas o meio ambiente que ganha com a implementação da produção mais limpa, mas também a marca que adota essa metodologia. Conforme a pesquisa divulgada pela IBM em 2020 sobre a mudança no comportamento de compra do consumidor, 57% dos consumidores estão dispostos a mudar seus hábitos de compra para ajudar a reduzir impactos ambientais negativos.

A mesma pesquisa também revela que 41% do público de uma marca está mais inclinado a comprar de empresas que se posicionam em prol dos mesmos ideais que ele, enquanto 40% dos consumidores buscam produtos e serviços alinhados com os seus propósitos pessoais, principalmente se esse alinhamento for direcionado pela sustentabilidade.

Nesse segmento de embalagens o SBC (copolímero do bloco do estireno-butadieno) é uma ótima opção, visto que o composto apresenta excelente transparência e ótima resistência ao impacto. O material pode ser utilizado puro ou em blenda com PS, visando reduzir o custo do composto e/ou modificar o impacto do PS Cristal.

O SBC também é conhecido pelo seu aspecto similar ao do vidro, proporcionando um equilíbrio de desempenho e economia, bem como o preenchimento da lacuna entre os termoplásticos transparentes de alta performance e alto custo, com os de baixa performance e baixo custo.

A Compostos do Brasil trabalha com uma linha completa que produtos que podem ser utilizados para melhorar a resistência ao impacto ou mesmo dar flexibilidade para as embalagens produzidas pela sua empresa. Entre em contato com os nossos consultores técnicos e descubra qual é o material mais indicado para a sua produção e para o meio ambiente.