Com a economia circular cada vez mais presente nas indústrias, trazendo uma mudança em toda a cadeia produtiva e fazendo o setor repensar em todo o conceito desta cadeia a fim de garantir uma recuperação inteligente, o uso de plásticos reciclados vem de encontro a este modelo e aos princípios do ESG. 

Este desenvolvimento econômico incorpora o melhor uso dos recursos envolvidos nos processos produtivos, diminuindo o uso de matéria-prima virgem e priorizando o reuso dos insumos, sendo estes recicláveis, duráveis e renováveis. Por isso, as resinas recicladas estão cada vez mais ganhando espaço e sendo procuradas pelas indústrias de transformação de plásticos.

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Há uma preocupação do mercado cada vez maior com a sustentabilidade e com a oferta de materiais e produtos que estejam de acordo com este conceito. O segmento de transformação de plásticos vem trabalhando com demandas e estratégias distintas a fim de contribuir com os propósitos envolvidos na Economia Circular e na implementação do ESG, o qual a reciclagem dos plásticos faz parte dos temas mais importantes e com altíssima preocupação dentro das discussões abordadas ao redor do mundo quando a pauta em questão é sustentabilidade, seja por órgãos governamentais e reguladores, por indústriais e até mesmo entre os consumidores de produtos plásticos.

As possibilidades que vêm de encontro com toda essa discussão, que além de otimizar toda a cadeia do processo produtivo, indo de encontro com os conceitos da Economia Circular, são as ofertas de resinas recicladas dentro do segmento de transformação, além do aumento de produtos com apelo de sustentabilidade ao consumidor.

E quando falamos em plásticos reciclados ou resinas recicladas, que são uma ótima solução para essa discussão, temos as resinas PCR e PCI. Ambas são materiais que contribuem com o desenvolvimento sustentável, porém existem diferenças entre elas.

Você já ouviu informações sobre estes termos ou conhece sobre resinas PCR e PCI?

Neste artigo iremos abordar as diferenças entre esses dois termos utilizados e trazer mais informações sobre este assunto. Continue a leitura e entenda sobre os diferenciais entre as resinas recicladas PCR e PIR.

O que é resina PCR?

O termo PCR significa Post-Consumer Recycled, ou seja, se refere a obtenção das resinas recicladas a partir dos materiais plásticos que já foram utilizados pelos consumidores e foram descartadas. Este descarte necessita que seja realizado de maneira adequada e o mesmo não necessariamente é realizado somente por pessoas físicas, podendo ser oriundos de comércios, escolas e indústrias.

Para que esses plásticos se tornem matéria-prima para o PCR, eles devem ser destinados ao lixo reciclável, entrando em uma cadeia de economia circular ou em uma logística reversa, podendo assim serem transformados em uma resina novamente.

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Alguns dos produtos que podem ser destinados como matéria-prima para resina PCR são:

  • Embalagens diversas: bebidas, alimentos, artigos de higiene e de limpeza, cosméticos, entre outras;
  • Componentes plásticos de eletroeletrônicos e de utensílios domésticos;
  • Potes e frascos diversos;
  • Brinquedos e artigos infantis.

Com essas ações, conseguimos tornar a cadeia produtiva do plástico mais sustentável, além de agregar um papel social de extrema relevância, pois o lixo reciclado é fonte de renda para inúmeras pessoas que fazem parte desta cadeia, desde os coletores, pessoas que trabalham na separação, pessoas que trabalham diretamente com o processo da reciclagem, pessoas e empresas que vendem e distribuem estas resinas recicladas, ou seja, tornando os produtos pós-consumo fonte de materiais sustentáveis, proporcionando fonte de renda e contribuindo com o crescimento da economia circular.

O que é resina PIR?

Já o termo PIR, que significa Post-Industrial Recycled, se refere a resina obtida a partir de resíduos ou materiais oriundos da produção de uma indústria e que não foram destinados ao consumidor, ou seja, são subprodutos do processo de fabricação de produtos plásticos. O seu diferencial é a qualidade, pois já passou por um controle dentro do processo de transformação para que a indústria pudesse utilizá-lo.

Alguns dos exemplos de subprodutos industriais que podem dar origem a uma resina PIR são as aparas plásticas, scraps ou perdas do processo obtidas durante a produção de algum produto específico da própria empresa, podendo assim serem vendidos ou reprocessados internamente a fim de serem usados em outros produtos. 

No caso da resina PIR, muitas indústrias reaproveitam esta resina internamente em seu próprio processo produtivo, porém, em outros casos, as indústrias vendem ou compram este material de outras empresas, pois em alguns casos essas resinas não podem ser reutilizadas internamente devido aos requisitos da aplicação final que não permite o uso, mesmo que seja uma pequena porcentagem misturada à  resina virgem. Isto é, nem todas as empresas conseguem implantar um processo de reutilização de resina PIR dentro de sua própria produção, destinando assim esta resina para venda.  .

A resina PIR também pode ser utilizada na fabricação de compostos, dando origem a uma nova resina com propriedades similares ou melhoradas com o uso de aditivos. Neste caso, vale ressaltar que os custos podem ser iguais ou até superiores a uma resina virgem, mas a questão mais importante é atender as ações voltadas à sustentabilidade dentro da economia circular do que buscar redução de custos.

Através das informações acima, conseguimos esclarecer sobre a origem distinta das resinas PCR e PIR, mas quais seriam as outras características que diferenciam essas resinas?

No caso da resina PIR, na maioria das vezes, como são produzidas com o material da própria indústria, esta resina pode retornar rapidamente ao mesmo processo de transformação sem nenhum problema.

No caso de resinas PCR, o diferencial mais relevante quando se trata de sustentabilidade é a reinserção do material na cadeia produtiva, pois o mesmo normalmente seria descartado e acabaria parando em lixões ou até mesmo no meio ambiente.

A qualidade do PCR é afetada, principalmente pela questão da contaminação e do odor que os materiais podem apresentar, além de outras deficiências em quesitos qualitativos e até mesmo técnicos, que podem prejudicar seu uso em determinadas aplicações ou processos. Porém, com a tecnologia, essas deficiências podem ser melhoradas, tornando a resina PCR uma opção de uso.

É de extrema relevância destacar que ambas as resinas recicladas, PCR e PIR, estão cada vez mais ganhando mercado e sendo valorizadas nos mais diversos segmentos nacionais e mundiais, aumentando, assim, a demanda do mercado por plásticos reciclados e o apelo pela sustentabilidade. No entanto, vale ressaltar que os custos para esse mercado ainda podem, em sua grande maioria, ser superiores, o que faz com que o mercado tenha batalhas difíceis para enfrentar a médio e longo prazo até que o mercado possa tranquilamente consumir materiais reciclados que tenham custos competitivos com resinas virgem e de origem não renovável.

Assim, cada vez mais as indústrias e empresas conseguirão cumprir as ações e metas que estão diretamente ligadas e comprometidas com a sustentabilidade, com a economia circular e com o ESG, facilitando com que outras indústrias, empresas e organizações se tornem adeptas a esse novo modelo de negócios.

Quando escolher resina reciclada PCR ou PIR?

Quando se trata de aplicações, não existem grandes diferenças entre essas duas resinas recicladas, apesar de serem de fontes distintas. As considerações principais que devem ser analisadas são as exigências e requisitos do produto final e o que este produto permite em termos de propriedades e qualidade. Assim, será possível entender até que ponto consegue inserir a resina reciclada, qual a quantidade poderá ser usada e qual das duas opções se encaixa melhor.

Outro ponto importante é garantir um fornecedor que consiga garantir um fluxo constante de fornecimento e de qualidade da resina reciclada lote a lote. Isso facilitará todo o processo de homologação do material e garantirá uma produção mais constante.

Pesquisar, avaliar criteriosamente o seu processo produtivo e entender como realizar a implementação das resinas recicladas mais adequadas ao seu produto, é o fluxo mais adequado para que sua empresa possa mudar e apresentar ações com resultados sustentáveis, mantendo a funcionalidade das soluções que já foram desenvolvidas.

Portanto, o processo de reciclagem faz com que as empresas que trabalham com esse processo tenham habilidades em ter conhecimento para administrar todas as oscilações e contaminações que surgem ao longo do processo a fim de buscar uma repetibilidade produtiva.

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Autor: Caroline Tirolla