O termo hidrofílico vem do grego: hydro (água) e philos (afinidade, amigo). Em ciência dos materiais, ele é usado para definir substâncias ou superfícies que apresentam alta afinidade com a água. Na prática, isso significa que essas substâncias conseguem interagir, absorver ou se misturar facilmente com a água, uma característica essencial em várias aplicações industriais.

Compreender o comportamento de um material hidrofílico é importante para engenheiros, técnicos e profissionais da indústria do plástico, pois esse conceito ajuda a prever como os polímeros e aditivos irão se comportar em contato com a água. 

Ao longo deste conteúdo, você vai entender o que caracteriza um material hidrofílico, como ele se diferencia dos conceitos de higroscópico e hidrofóbico, quais são as principais aplicações práticas e, por fim, conhecer algumas soluções do portfólio da Compostos do Brasil.

O que caracteriza um material hidrofílico?

Um material hidrofílico é definido por sua capacidade de atrair moléculas de água e interagir com elas. Essa afinidade está diretamente ligada à composição química do material e impacta propriedades como absorção, adesão, solubilidade e permeabilidade.

Diferente de um material hidrofóbico, que repele a água, o hidrofílico facilita a dispersão ou absorção do líquido, tornando-se essencial em setores como saúde, embalagens, construção civil e têxteis técnicos.

Afinidade com a água

Um material hidrofílico é aquele que atrai moléculas de água. Essa afinidade ocorre porque sua estrutura química contém grupos polares, como hidroxilas (–OH), aminas (–NH2) ou carboxilas (–COOH), que formam ligações de hidrogênio com moléculas de água.

É como se o material tivesse uma “predisposição natural” para interagir com a água, ao contrário dos materiais hidrofóbicos, que repelem qualquer contato.

Exemplos clássicos de materiais hidrofílicos:

  • PVA (álcool polivinílico): muito usado em filmes solúveis e adesivos;
  • PEG (polietilenoglicol): aplicado em farmacêuticos e cosméticos;
  • Celulose: presente em papéis e membranas.

Estrutura química e comportamento

A hidrofilicidade é medida pela absorção de água. Em polímeros, essa característica pode variar bastante de acordo com a composição química.

  • Poliamidas (Nylon): absorvem entre 1,5% e 3% de água em 24h, segundo a norma ASTM D570;
  • PVA: altamente hidrofílico, chega a ser solúvel em água;
  • TPU poliéter: apresenta absorção controlada, equilibrando desempenho mecânico e interação com água.

Aplicações práticas de materiais hidrofílicos

A característica hidrofílica é explorada em diversas aplicações:

  • Filmes solúveis: cápsulas farmacêuticas ou embalagens que se dissolvem na água;
  • Adesivos: que precisam manter adesão em ambientes úmidos;
  • Revestimentos e membranas: em engenharia, tratamento de água ou barreiras seletivas;
  • Embalagens técnicas: que permitem troca de vapor ou que se degradam mais facilmente.

Curiosidade: as lentes de contato hidrofílicas são mais confortáveis porque absorvem água, permanecendo hidratadas durante o uso.

Qual a diferença entre hidrofílico e higroscópico?

Embora os termos sejam parecidos e frequentemente confundidos, hidrofílico e higroscópico não são sinônimos. Cada um descreve um comportamento distinto dos materiais em relação à água e à umidade, e entender essa diferença é fundamental para a seleção correta de polímeros, aditivos e compósitos na indústria do plástico.

Conceito de hidrofílico

Um material hidrofílico é aquele que apresenta afinidade direta com a água. Isso significa que, ao entrar em contato com o líquido, suas moléculas interagem facilmente com a superfície ou com a estrutura do material.

Esse comportamento é resultado da presença de grupos químicos polares capazes de formar ligações de hidrogênio com a água, permitindo que a substância se espalhe, seja absorvida ou até dissolvida.

Exemplos práticos:

  • PVA (álcool polivinílico): amplamente usado em filmes solúveis, como embalagens de detergente em pó que se dissolvem durante o uso;
  • Celulose: presente em papéis e membranas, que absorvem e distribuem água rapidamente;
  • Polietilenoglicol (PEG): utilizado em cosméticos e farmacêuticos, onde a hidrofilicidade favorece a solubilidade em soluções aquosas.

Na prática, os materiais hidrofílicos são ideais para aplicações que precisam de interação direta com a água, como adesivos que trabalham em ambientes úmidos, filmes biodegradáveis e componentes médicos.

Conceito de higroscópico

Já os materiais higroscópicos não precisam estar em contato direto com a água líquida para absorvê-la. Eles possuem a capacidade de captar moléculas de umidade presentes no ar.

Esse fenômeno ocorre devido à atração física ou química entre os grupos funcionais do material e as moléculas de vapor de água da atmosfera. Com o tempo, isso pode alterar características como peso, volume, resistência mecânica ou estabilidade dimensional.

Exemplos:

  • Sal de cozinha (NaCl): em ambientes úmidos, o sal “empedra” justamente por absorver a umidade do ar;
  • Poliamidas (Nylon): absorvem até 3% de água em 24 horas, podendo deformar ou perder resistência se não forem bem armazenadas;
  • Cloreto de cálcio (CaCl₂): utilizado como agente secante em embalagens, justamente por ser altamente higroscópico.

Na indústria, esse comportamento é crítico em polímeros de engenharia, pois a absorção de umidade pode comprometer processos de transformação (injeção, extrusão) e até a performance final da peça. Por isso, é comum a necessidade de secagem pré-processo em materiais higroscópicos.

E qual a diferença entre hidrofílico e hidrofóbico?

Os termos hidrofílico e hidrofóbico representam comportamentos opostos. Enquanto o primeiro descreve materiais que interagem e absorvem água, o segundo define aqueles que repelem o contato com o líquido. Essa diferença não é apenas teórica: ela impacta diretamente em como os materiais são usados em embalagens, revestimentos, produtos têxteis, na engenharia e até na medicina.

Definição de hidrofóbico

Um material hidrofóbico é caracterizado por possuir baixa energia superficial, o que impede que moléculas de água se espalhem sobre ele. Em vez disso, a água forma gotas arredondadas que deslizam pela superfície.

Essa propriedade pode ser natural ou obtida por meio de aditivos, revestimentos e tratamentos químicos.

Exemplos clássicos de materiais hidrofóbicos:

  • PTFE (Teflon): famoso pelo uso em panelas antiaderentes e peças técnicas que exigem baixo atrito;
  • Polipropileno (PP): amplamente utilizado em embalagens, fibras e componentes de uso cotidiano;
  • Polietileno (PE): presente em sacolas plásticas, filmes e barreiras de umidade.

Para visualizar a diferença, imagine duas superfícies em contato com a mesma gota de água:

  • Algodão (hidrofílico): a água é rapidamente absorvida, espalhando-se pelas fibras;
  • Teflon (hidrofóbico): a água permanece em forma de gota arredondada, praticamente intacta.

Comparativo entre Materiais Hidrofílicos x Hidrofóbicos

Quais materiais hidrofílicos a Compostos do Brasil distribui?

A Compostos do Brasil atua há 19 anos como distribuidora técnica de termoplásticos, acompanhando as necessidades de pequenas e médias indústrias em diferentes setores. 

Dentro do portfólio, destacam-se materiais com características hidrofílicas que oferecem alto desempenho em contato com a água, estabilidade dimensional e aplicações específicas em áreas de engenharia, saúde e consumo.

Elastômeros TPU à base de poliéter

Os TPUs poliéter são elastômeros termoplásticos conhecidos por sua combinação equilibrada entre resistência mecânica, flexibilidade e absorção de água controlada. Essa característica permite que o material seja utilizado em aplicações que exigem contato com a umidade sem comprometer o desempenho da peça.

Principais aplicações práticas:

  • Odontologia: os elastômeros poliéter são amplamente utilizados em moldagens para próteses fixas, já que oferecem precisão, elasticidade e conforto clínico;
  • Filmes técnicos e adesivos: o TPU poliéter proporciona flexibilidade e resistência em produtos que precisam de interação com a água ou de propriedades de colagem em superfícies úmidas;
  • Peças de engenharia: componentes expostos a ambientes com presença de umidade (como tubos, conexões e revestimentos industriais) se beneficiam da resistência química e da absorção controlada do material.

👉 Leia: Elastômeros na odontologia.

Pebax® hidrofílico

O Pebax® é um copolímero de poliamida (Nylon) e poliéter, que combina leveza, flexibilidade e uma propriedade de destaque: alta permeabilidade ao vapor d’água. Essa característica o torna ideal para aplicações em que é necessário deixar a peça “respirar” sem comprometer a barreira contra líquidos.

Principais aplicações práticas:

  • Filmes respiráveis: utilizados em embalagens técnicas e membranas industriais, permitem que o vapor escape enquanto mantêm a proteção contra líquidos;
  • Têxteis técnicos: aplicado em calçados esportivos, roupas de performance e EPIs (equipamentos de proteção individual), o Pebax® contribui para conforto térmico e durabilidade em condições extremas;
  • Barreiras seletivas: em aplicações de engenharia, permite a passagem controlada de gases e vapores, bloqueando contaminantes líquidos.

Outras soluções hidrofílicas

Além dos elastômeros TPU e do Pebax®, a Compostos também oferece formulações específicas que podem ser adaptadas com aditivos e/ou cargas para aumentar a hidrofilicidade de diferentes polímeros.

Esses compostos customizados são especialmente úteis em setores como:

  • Engenharia: quando é necessário equilibrar rigidez e absorção de água em peças técnicas;
  • Embalagens: para criar filmes com interação controlada com a umidade, facilitando descarte ou biodegradação;
  • Saúde: em produtos médicos que precisam de absorção regulada de líquidos para maior segurança e eficácia.

Essa flexibilidade reforça a proposta da Compostos de atuar como parceira técnica, oferecendo não apenas materiais prontos, mas também soluções adaptadas às necessidades específicas de cada cliente.

Compostos do Brasil: sua parceira em soluções hidrofílicas de alto desempenho

Seja em embalagens técnicas, aplicações médicas, peças de engenharia ou têxteis de performance, entender esse conceito é essencial para fazer escolhas assertivas e garantir eficiência no processo produtivo.

É justamente nesse ponto que a Compostos do Brasil se diferencia. Com 19 anos de experiência na indústria do plástico, oferecemos um modelo de atendimento que combina agilidade, flexibilidade e suporte técnico especializado.

Nossos principais diferenciais:

  • Entrega em 24h para SP e RS, com centros de distribuição dedicados;
  • Sem exigência de quantidade mínima, atendendo desde pequenos lotes até grandes demandas;
  • Maior gama de elastômeros termoplásticos do Brasil, cobrindo diferentes setores e aplicações;
  • Consultores técnico-comerciais especializados, preparados para indicar o material certo para cada processo.

Na Compostos do Brasil, acreditamos que cada projeto tem requisitos únicos e que a seleção correta do material faz toda a diferença na performance final.

👉 Solicite sua cotação com a Compostos do Brasil e descubra qual material hidrofílico é ideal para a sua aplicação.